A noite era densa...
Todos os quartos do mosteiro estavam escuros, exceto um, cuja claridade bruxuleante das velas iluminava levemente o quarto frio de pedra, sem luxo algum...
Prostrado de joelhos estava Nephalin. A fraca iluminação parecia realçar a musculatura das costas e o contraste de suas tatuagens negras com a pele clara. Mas o que realmente chamava a atenção eram os ferimentos recém abertos nas costas. Abertos pela ação implacável de uma pequena chibata, o qual Nephalin utilizava em seu auto-flagelo.
Pequenos filetes de sangue escorriam das feridas, e como em um transe, Nephalin não demonstrava qualquer lamentação. Entoando um cântico baixo, ele continuava, golpe após golpe.
Após uma série de chibatadas, Nephalin subitamente parou. Recolheu o instrumento em uma toalha, e a guardou em uma caixa de madeira ornada com motivos sagrados. Olhou para o alto, com um semblante sereno e disse:
Nephalin: - Sim, Pai. Suas palavras são ordens, e as cumprirei fielmente como sempre.
Nephalin então vestiu roupas simples, apagou as velas e deixou o mosteiro...